Já tiveram início os pagamentos dos contratos ativos, referente aos serviços ambientais prestados em 2020. O primeiro pagamento foi realizado dia 11 de maio e até o momento dez produtores já têm o valor depositado em suas contas. Ao total são 130 contratos ativos.
“Como foi necessário aguardar a primeira reunião ordinária da Unidade de Gestão do Projeto pra aprovar a continuidade da metodologia, alguns contratos serão pagos com um pequeno atraso”, explica Wendel Lopes, coordenador do GT de Pagamento por Serviços Ambientais (GT3) e também coordenador geral do projeto.
Embora o recurso seja pago uma vez ao ano, é recebido com gratidão pelos agricultores, como conta Elaine Vasconcelos, fruticultora da Estância do Pipiripau II. “Quando começou o projeto já era um recurso muito bem vindo, ainda mais nesse momento que estamos vivendo de pandemia”, afirma a produtora.
Ela explica que se o objetivo fosse lucrar, é mais vantajoso utilizar a área para produzir do que para preservar, mas que a intenção dela é realmente contribuir com o projeto. “Era uma área que eu já preservava e eu ainda ampliei, não pelo recurso, mas sim para contribuir com o projeto”, conta.
José Wellington dos Santos mostra ter o mesmo pensamento. Produtor de hortaliças na Taquara desde 2017, abandonou a cidade em busca de qualidade de vida na área rural. Assim, adotou não só o sistema de produção orgânica, como um estilo de vida coerente com as práticas que preservam a natureza.
“No primeiro ano que recebemos o recurso do PSA compramos uma roçadeira costal para ajudar a manter as áreas de reflorestamento”, conta o agricultor. No entanto, com o prolongamento da pandemia, aumento de insumos, redução de linhas de financiamento, dentre outras questões, as dívidas começaram a bater na porta. “Esse ano usamos para quitar dívidas e eu sou super agradecido por ter esse valor, pois tudo ajuda nesse momento”, declara.
Relembrando o processo de PSA do Pipiripau durante a pandemia
Como não tem sido feitas vistorias presenciais, o Pagamento por Serviços Ambientais está sendo realizado a partir de informações dos produtores, repassadas por meio de questionários e pela análise técnica da comissão de vistoria. Além disso, os grupos de trabalho de Conservação de Solos (GT1) e de Reflorestamento (GT2) têm complementado as informações apontando onde houveram ações no ano passado.
Assim, os questionários são mandados para os produtores rurais por whatsapp ou telefone. Aqueles que não são localizados, solicita-se apoio da Emater-DF para localizar e obter a informação. Após o questionário do produtor ser respondido, a informação é encaminhada para as comissões de vistoria, que fazem a sua análise e enviam os relatórios para a coordenação do GT. “Só então nós geramos a planilha e o atesto que é encaminhado para o setor de pagamentos”, explica Kelly Dutra, assessora da Adasa.