A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) lançou na quinta-feira (3) pregão para contratação de empresa especializada para realizar o plantio de mudas de plantas nativas do Cerrado, no âmbito das ações do Projeto Produtor de Água do Pipiripau. Além do plantio, a licitação inclui a manutenção e monitoramento das áreas plantadas. A previsão é que os plantios sejam feitos entre novembro e dezembro deste ano, de acordo com as condições climáticas do período.
“A ocorrência de chuvas é fundamental para o sucesso do plantio” afirma o coordenador do Programa de Manejo e Conservação do Solo da Emater-DF, Sumar Magalhães Ganem. A contratação conta com recursos de convênio da Agência Nacional de Águas (ANA) com a Emater-DF e prevê o plantio de 40 mil mudas para a restauração florestal da Bacia do Ribeirão Pipiripau ainda este ano, além de outras 40 mil mudas para 2020, totalizando 80 mil mudas a serem plantadas na bacia.
Com foco no sucesso dos plantios, o projeto contará com a parceria do Pede Planta, que além de fornecer 20 mil mudas para plantio na bacia do Pipiripau pelo Produtor de Água, também disponibilizou permuta de mudas para auxiliar com o cumprimento do calendário de plantio, caso o projeto não tenha mudas prontas em tempo.
O pregão divulgado também prevê a semeadura direta de espécies nativas do Cerrado em 25 hectares, além de manutenção e monitoramento na mesma área, que abrange os núcleos rurais de Taquara, Pipiripau e Santos Dumont, todos na região administrativa de Planaltina. Somado à área com plantio de mudas, são mais de 75 hectares de restauração florestal na região.
“Todos os plantios vão atender, prioritariamente, as áreas de preservação permanente e algumas áreas de reserva legal dentro da bacia do Pipiripau”, explica o especialista da Emater-DF. “O impacto que se espera, dentro da restauração florestal, é o resgate da biodiversidade, que é algo fundamental e nas áreas que forem restauradas haja uma melhoria na infiltração das águas, redução do processo erosivo e, a médio prazo, a melhoria na qualidade e quantidade da água”, diz Sumar.
A contratação da empresa está estimada em R$ 1,07 milhão e o contrato tem a duração de três anos. Para o primeiro ano estão previstos plantio e monitoramento; nos dois anos seguintes, a manutenção, que inclui capinas e formação de faixas de proteção contra o fogo ao redor das áreas de plantio (aceiros), que evitam queimadas e incêndios.
Fonte: Emater-DF