Foram aprovados R$ 290 mil pelo Comitê de Bacia do Paranaíba Federal que serão investidos no revestimento com manta especial do primeiro trecho do Canal Santos Dumont, executado em concreto, para evitar perdas por infiltração. O dinheiro é proveniente da cobrança pelo uso da água da Bacia Hidrográfica do Paranaíba, conforme estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos. Parte do que é cobrado dos estados e do Distrito Federal é revertida em obras de melhoria e preservação dos recursos hídricos.
Após a finalização em março de 2019 das obras dos ramais secundários do canal Santos Dumont, localizado em Planaltina, os esforços dos parceiros do projeto Produtor de Água do Pipiripau e do Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH) do Paranaíba do Distrito Federal têm sido na tubulação do canal principal. O projeto foi elaborado em parceria entre a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e submetido aos editais de demanda espontânea e de demanda induzida do Comitê de Bacias do Paranaíba.
Canais secundários – A revitalização dos canais secundários do canal Santos Dumont foi concluída no final de março de 2019 e contou com a tubulação dos oito ramais, totalizando 8.700 metros de tubulação em PVC instalados. A expectativa é que essa revitalização garanta a segurança de oferta de água para produtores rurais da região, recuperando 50% da água captada que antes era perdida pela absorção do canal aberto em terra batida.
Apoiaram a revitalização dos ramais secundários, além da Adasa, que realizou o estudo para viabilização da obra e liberou recursos da tarifa de contingência, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) que comprou a tubulação com o recurso da tarifa de contingência. Também colaboraram a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater) com a assistência técnica e acompanhamento da execução da obra, a Secretaria de Agricultura (Seagri), que transportou o material e a Associação de Produtores com a contratação de mão de obra.
Segundo a produtora rural Sandra Kikuchi, a obra trouxe muitas mudanças. “Desde o final de setembro não estamos mais fazendo o racionamento de água. Também não precisamos mais fazer o rodízio do fechamento dos canais. A água chega constantemente à propriedade e já conseguimos plantar com mais tranquilidade, com mais confiança”. Sandra relata que em fevereiro ficou cerca de 15 dias sem chuva, mas ninguém ficou sem água e não foi preciso fazer racionamento de água.
Canal do Santos Dumont – Com 18 km de extensão, foi construído em 1984 e começou ser operado em 1989. Ele corre paralelo à rua principal do núcleo rural e tem braços que levam água do Ribeirão Pipiripau a cada uma das oito ruas por gravidade, sem o uso de bombas. Os principais usuários de água do Ribeirão Pipiripau são a Caesb, para o abastecimento de água das Regiões Administrativas de Planaltina e Sobradinho, e a Associação de Usuários do Canal Santos Dumont que atende 90 produtores rurais de grãos e hortaliças.
Com informações da Adasa