
Mudas produzidas na Granja do Ipê
A Granja do Ipê, que é uma unidade da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), produziu cerca de 80 mil mudas de árvores nativas do Cerrado, das quais aproximadamente 64 mil já foram plantadas nas áreas de restauração florestal do projeto Produtor de Água do Pipiripau. Só entre 2019 e 2021, a Granja do Ipê forneceu mais de 50 mil mudas.
Atualmente os recursos para a produção de mudas para o Pipiripau são provenientes do convênio entre a Agência Nacional de Águas (ANA) e a Emater-DF, firmado em 2016. Esse convênio possibilitou a contratação de uma empresa que presta serviços de jardinagem, que disponibilizou dois funcionários para reforçar a equipe da Granja do Ipê e, ainda, outra empresa que presta os serviços de transporte, distribuição, plantio e manutenção das mudas por dois anos.
Além desse convênio, vale destacar, no âmbito do Programa Produtor de Água, a parceria com o SESI, realizada em 2014, que aplicou recursos para construir estufas, instalar o sistema de irrigação, comprar equipamentos e realizar o transporte de mudas.
O coordenador do grupo de trabalho de Reflorestamento (GT2) da UGP Pipiripau e diretor de políticas para o desenvolvimento rural da Seagri-DF, engenheiro florestal Mac Leonardo Souto, explica que a Granja do Ipê é uma grande fazenda, na qual são produzidas mudas de espécies florestais do Cerrado e alevinos.
Segundo ele, as mudas são utilizadas nas ações de adequação ambiental das áreas rurais e os alevinos no programa de fomento a aquicultura no DF como uma forma de diversificar a produção das propriedades rurais e promover o aumento da renda do produtor rural. “O viveiro da Granja do Ipê não nasceu com foco na produção de mudas nativas, o objetivo inicialmente era fomentar a agricultura com mudas de espécies frutíferas e de espécies madeireiras, mas com o tempo a Seagri-DF percebeu a necessidade de ações de recomposição vegetal dos passivos existentes nas propriedades rurais”, explica Mac. “Com isso, o viveiro passou a se especializar em mudas nativas do cerrado, tornando-se referência na produção de aproximadamente 70 espécies”, afirma o coordenador do GT2.
Em dezembro de 2021, o coordenador do grupo de trabalho de Conservação do Solo (GT1) e representante da ANA Rossini Sena realizou uma visita ao viveiro da Granja do Ipê, acompanhado da engenheira ambiental da Emater-DF Icléa Silva, com o objetivo de acompanhar a produção das mudas utilizadas para o plantio no Pipiripau. Para Rossini, a Granja do Ipê tem um papel muito relevante para o projeto, inclusive de sediar algumas reuniões da UGP. “Na visita eu pude constatar que a produção de mudas vai muito bem, como sempre esteve, e que estão com qualidade para o plantio no Pipiripau”, relata Rossini.

Colegas em visita à Granja do Ipê, em dezembro de 2021
Programa Reflorestar
A Granja do Ipê também fornece mudas para o Programa Reflorestar, que nasceu da procura por mudas pelos produtores da região para realizar a adequação ambiental das propriedades. O Programa, criado pela Seagri em 2011, fornece gratuitamente mudas nativas do Cerrado, com objetivo de recuperar e proteger os recursos hídricos e a conservação do solo. Além de sensibilizar, por meio da educação ambiental, os produtores para a adequação ambiental dos lotes rurais, com a recuperação das áreas de preservação permanente (APP) e recomposição de reserva legal (RL).
Esse programa fortaleceu o viveiro, possibilitando investimentos e a realização de parcerias para melhorar a estrutura e contratar mão de obra. “Eu vejo o viveiro como um ícone, com papel importante nas atividades de recomposição florestal. Temos uma estrutura muito grande, com know how de produção, conseguimos verificar a qualidade das nossas mudas, com o apoio de servidores experientes que trabalham com isso”, relata Mac.
Os integrantes da UGP que tiverem interesse em conhecer a Granja da Ipê podem entrar em contato com o Coordenador do GT de Reflorestamento, Mac Souto, para agendar uma visita.