Reflexões, debates e muitas propostas permearam a reunião extraordinária da Unidade de Gestão do Projeto Produtor de Água do Pipiripau, na quarta-feira (25). O encontro, com a presença de representantes dos 16 parceiros envolvidos, avaliou que após seis anos de operação, o projeto tem a sua sustentabilidade equilibrada, é resiliente e reflete o entrosamento dos parceiros.
Para a avaliação, foi utilizada a abordagem chamada de Meios de Vida Sustentáveis. As ponderações feitas pelos participantes apontaram que o potencial de recursos humanos e captação de recursos do projeto é bastante positivo. Um exemplo foram as contribuições dos representantes da Rede Sementes do Cerrado, Banco do Brasil e Fundação Banco do Brasil com foco em desburocratizar a execução financeira das ações. A metodologia utilizada também permitiu identificar os pontos que precisam de maior planejamento ou correção de ações, como apontaram os representantes da Universidade de Brasília e da Agência Nacional de Águas.
A representante da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) trouxe para a reunião um pouco da visão de quem está na ponta com os agricultores. “É muito gratificante constatar que os nossos esforços estão trazendo resultados para a Bacia do Pipiripau”, afirmou a engenheira ambiental Priscila Silva. “Sempre vão existir pontos a serem corrigidos, mas acredito que o que foi feito até aqui é devido ao envolvimento de todos os parceiros”, completa a representante da Emater-DF.
Segundo informações da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico (Adasa), o resultado dessa reflexão sobre o projeto servirá de subsídio para uma avaliação mais profunda, a ser realizada por uma consultoria contratada pela Adasa e que incluirá os produtores envolvidos. “É importante que se avalie. É muito dinheiro investido e a gente tem que saber o quanto isso está sendo revertido positivamente para a sociedade”, observou a coordenadora do Projeto no Pipiripau, Juliana Santos Vianna, que considerou essa primeira avaliação positiva para a correção de rumos e fortalecimento do projeto.
Até o momento, o projeto conta com 177 produtores rurais contratados, aptos a receberem o PSA; contribuiu para a implantação de mais de mil barraginhas (pequenas escavações no solo que ajudam a infiltração da água, e evitam a erosão); propiciou o terraceamento em mais de 400 hectares e a readequação de 134 quilômetros de estradas, e estimulou a produção e plantio de 360 mil mudas nativas para o reflorestamento da região.
O Programa Produtor de Água foi desenvolvido pela Agência Nacional de Águas (ANA). Atualmente estão em andamento cerca de 60 projetos no País. O primeiro deles, em Extrema (MG), é considerado referência nacional. O projeto do Pipiripau também tem se destacado e vem se tornando referência tanto no âmbito Nacional, como internacional, especialmente durante o 8º Fórum Mundial da Água, realizado em março, em Brasília.
Com informações da Adasa